sábado, 12 de março de 2011

Estou indo embora



O tempo que pedi já se passou,
E, infelizmente, nada mudou.
Assumo ter feito coisas não muito certas,
Mas é que, no momento, pareciam corretas.
Não tenho mais coragem de te olhar,
Só me dá mais vontade de esquivar...
Tenho dó de mim por ser tão egoísta assim,
Não quero mais ter que te falar
Por quantos dias vou suportar,
E você me responder com um sorriso esperançoso,
Que me ranca do peito o coração.
As memórias que tenho de ti são as melhores,
Espero que fique bem e que não chores.
Apesar de ter certeza que é pedir demais.
Tenho vontade de ser a pessoa certa,
Pra poder te fazer feliz, ser a escolha correta.
Mas é muito tarde pra desejar algo que não seja te ver bem.
Noites e noites se passam e teu choro não para.
Escuto entre os ruídos da noite um soluço baixo e sufocado,
Pelo medo de não me ter do teu lado.
É complicado falar disso sem te magoar,
Mas acredito ser a melhor hora para te deixar voar.
Estou indo embora agora, minha pequena.
Vou deixar a porta aberta,
Para que os bons ventos possam entrar.
E estou levando na memória,
A mulher que sempre quis amar.
Lembro de ti,
Para ter motivos para sorrir.
E estou feliz,
Em te deixar.
Porque é o melhor para você.
É o certo a se fazer.
Fique bem,
Comprei um cobertor novo.
Está pronto para te aquecer em uma noite fria.
Assim como, apesar de tudo, eu faria...

9 comentários:

Hugo de Oliveira disse...

Brilhante esse texto.
abraços

Anônimo disse...

Mto bom, genial!

Elania Costa disse...

Quando se é preciso ir, para deixar o outro feliz, não importa se o frio bata, é preciso, necessário.
Um mau necessário.
Lindo seu poema...como sempre.

Rebeca Postigo disse...

Ah...
Inebriada com suas palavras...
Amei o poema!!!

Bjs

Juliete disse...

lindo seu poema!

Anônimo disse...

muito lindo seu texto!

Honny e Gio. disse...

ai , as despedidas e todas as coisas introduzidas nelas...

eu gostei demais desse texto

beijos :*

Gabriela Marques de Omena disse...

Nossa! Arrancou a alma e timbrou no papel?
Bom demais!
Sei que sempre digo isso, Rafa. Mas é real: Nunca pare de escrever, cara. Você é bom demais com as palavras. E esses teus versos me arrancaram a fala.

Bom! Muito bom.
É como a platéia num fim de espetáculo, nada mais sabe dizer que: Bravo! Palmas, palmas, palmas.
E eu, humildemente, te aplaudo de pé.

Daniel Savio disse...

Tem poucas pessoas corajosas a este extremo...

Fique com Deus, menino Rafael Cotrim.
Um abraço.