segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

(in)Felicidade


Felicidade não se compra,
Mas a minha foi vendida.
Droga de vida
Perdida...

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Viver


Só quero viver,
E ter o que é preciso,
Para não precisar de nada...

sábado, 5 de dezembro de 2009

AHNEM - Uma de humor para descontrair.


Exame Nacional do Ensino Médio - AHNEM estou a fim de fazer. Mas fiz, por um "pedido" patriarcal.

Mas vamos lá, noventa questões em quatro horas e meia, não é lá muita coisa não é?! Para um concurso de leitura, realmente não.

Para ser honesto eu respondi a prova em quatro horas e preenchi o gabarito em dez minutos, mas e daí?! A prova é uma droga e não testa nada. Sem contar que a maioria dos estudantes que fizeram a prova não conseguiram terminar no tempo predeterminado pelo MEC. E só para provocar, saibam vocês que a minha professora do primário fez perguntas mais simples e que me ensinaram muito mais.

Reclamações a parte, ainda tem um segundo dia, com mais noventa questões e redação, para serem respondidos em cinco horas e meia. É amigos! Que *****! Pior que isso só a prova do ENADE*.

Ps: Bom AHNEM! Ops! Bom ENEM à todos.
Ps²: Ainda bem que eu não escrevo assim sempre. Coitado dos leitores.

domingo, 29 de novembro de 2009

Vento


A saudade bate forte,
Cada vez mais,
E eu vou ligar pro vento,
Quem sabe tenho sorte,
E ele possa te encontrar.
Nem que seja ao menos um suspiro teu,
Eu vou ouvir,
Na certeza de que um dia,
Essa distância vai cair.
Vontade de chorar, sorrir, sair.
Mas nada é possível,
Sem ter você aqui.
Vou surfar no mar,
Quem sabe eu possa lembrar,
Das ondas dos teus cabelos,
Se emaranhando nos meus.
Vou cantar na praça,
Quem sabe alguém ache graça,
E me mostre os desejos teus.
Vou gritar de noite,
Quem sabe acorde a vontade,
Do destino de nos unir,
Vou tentar,
Não vou fugir...

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Vestibular


"Vestibular só é bom quando acaba.". Essa bela frase eu ouvi quando eu e meu irmão conversávamos a respeito da escolha do meu curso e eu percebi que ela é completamente verdadeira. Essa droga de teste que não testa nada só faz com que percamos alguns fios de cabelo. Ainda bem que descobri cedo. Bom, prestei vestibular para UFBA( Universidade Federal da Bahia) para o curso de Engenharia Sanitária e Ambiental. Um curso que vem sendo bastante procurado agora com a onda do Aquecimento Global. E estou bastante feliz por ter ido MUITO bem em Matemática e Inglês. Mas é assim mesmo. Só é bom quando acaba e ainda falta a 2ª etapa. Droga!

Ps: Um conselho. Quando alguém dizer que: "Dinheiro não traz felicidade.", não acredite. A felicidade não se compra, fato. Mas o dinheiro, ainda mais nos dias de hoje, é essencial. Portanto sejam sensatos ao escolherem os cursos. Mesmo que seu coração escolha concurso para gari ou coisa do gênero.

domingo, 8 de novembro de 2009

Drogas que viciam


O choro sufocado pelo riso de outrem.
A dor escondida pela alegria de outrem.
A saudade causada pela velocidade do trem.
Drogas que, eu, não vivo sem.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Prece


Sem saber se dá ou não,
Sem requisitar nenhuma atenção,
Eu vou vivendo.
Sofrendo.
Calando os que tentam me calar,
E maltratando os que tentam me acalmar.
Quero viver com ódio,
Amor.
Com vontade de rasgar a pele de quem me fere a alma,
Com vontade de beijar a boca de quem me fere os instintos.
E tão viciante quanto o ópio,
É a minha dor.
Viver assim só é bom,
Quando se consegue.
E não é o que acontece,
Vou levando uma vida muda, sem som.
Esperando mais do que se segue.
Algo parecido com uma prece.
Uma prece que fazemos,
Quando milagres queremos,
Mas melhor seria,
Se os milagres formos nós.

domingo, 25 de outubro de 2009

Bailando na Noite - Evasiva

Obs: Caso você não tenha lido os capítulos anteriores aí segue os links:

1. A vida é dura

2. Ex-família

3. Evasiva

Enquanto Paula ainda estava distraída e agachada rezando, o sangue de Marcos começava a ferver. Seu José apareceu acompanhado de dois seguranças com uma roupa branca, meio suja. Típica de presídio. Um meio sorriso que incitava os punhos do anjo a se cerrarem e pressionarem as articulações com toda a força tomava todo o rosto do, agora, facínora. O pai da bailarina se aproximava lentamente enquanto Marcos apressava o passo.

Enquanto o anjo protetor sussurrava no ouvido de Paula que o seu pai agora se aproximava, os seguranças se retiraram em direção ao portão principal.

- Você só tem vinte minutos. – Com uma voz boçal, um dos seguranças disse com firmeza encarando seu José. Por um segundo inteiro o coração de Paula bateu sessenta vezes. Algo inexplicável. As palavras que seu protetor proferia em seu ouvido não faziam sentido algum. Seu rosto começara a ficar de cor vermelha. As mãos começaram a tremer juntamente com as pernas. Seus olhos encontraram um horizonte longínquo demais para ser compreendido por seu cérebro. E as lágrimas fluíam rápidas demais para serem contidas pelo dedo indicador de Marcos. Não enxergava nada além do ódio em seu coração.

Como um impulso, Marcos puxou-a pelo braço com toda sua força e a abraçou contra seu peito. Os olhos de seu José e de Paula se encontraram. Faíscas puderam ser vistas.

- Como ousa aparecer aqui, seu cretino?! – A voz de Marcos nunca pareceu tão cheia de ódio e rancor. A bailarina se acabava, chorando. Era inocente demais para compreender o porquê daquilo tudo. Na verdade ela ainda não tinha entendido que seu pai havia matado sua mãe. Seu pai...

- Vim visitar minha esposa. Algum problema? – Disse seu José com uma ironia evidente demais para não ser percebida. E a raiva começou a ocupar o espaço antes ocupado pela inocência de Paula. Suas mãos começaram a tremer.

- Você poderia ser um pouco humano às vezes. – O anjo encarava o demônio enquanto dizia essas palavras com o maior ódio que ele podia ter de alguém. - Será que não pode dar um minuto de descanso a.. Sua... Filha?! – A última palavra soou com um certo eco, na cabeça da bailarina. E ficou em seu subconsciente. Filha. Filha. Filha.

- Eu não sou filha desse delinqüente. – Disse a dançarina, entre os soluços do choro. Enquanto falava o sorriso de seu José foi mais alto que sua fala.

- O que eu devo a vocês já está sendo pago na penitenciária. Posso rezar um pouco agora?! – Disse o facínora enquanto se aproximava do túmulo. O corpo de Paula começava a ficar trêmulo e fora do seu controle. Ela começou a apertar forte o braço de Marcos.

- Você me deve minha mãe, seu desgraçado. Quero saber quando que vai trazer isso de volta a mim. Quando... – Disse com a cabeça baixa, a bailarina, enquanto as lágrimas encharcavam seus pés.

- Talvez eu possa trazer. Ou melhor, te levar até ela. – Riu alto, novamente – Se seu anjinho da guarda não se importar. – Encarou Marcos, enquanto falava isso. Seus olhos perfuravam toda a paciência do até então detentor dela. – Não seria trabalhoso terminar o serviço e acabar com a família.

Dois segundos. Foi o tempo suficiente para Marcos saltar e acertar dois socos em cheio, um no olho direito e outro na parte esquerda superior do abdome do facínora. Sua mão direita cheia de sangue, devido ao supercílio de José que, agora, sangrava muito, foi segurada por Paula. Como que num impulso conjunto ao do anjo ela levantara e só conseguira fazer isso depois dos socos serem devidamente entregues ao pai da balarina.

Seu José se levantou, calmo até demais para a situação, olhou para o rosto cheio de satisfação de Marcos e retirou da meia de uma bota que vestira, um canivete imperceptível demais aos dois gigantes que acompanharam ele até então.

Marcos imediatamente se firmou nos dois pés com toda a força que podia e curvou sua mão em forma de garras, prontas para atacar. Empurrou, com cuidado, a bailarina para trás do seu corpo, defendendo-a.

- Vamos ver se você é tão machão quanto diz que é, seu anjo fajuto. – Disse José deixando explícito demais o nervosismo que, antes, estava bem camuflado.

- Eu poderia até chamar seus amiguinhos para que te levassem de volta. Afinal sua pena seria ainda maior por essa tentativa de homicídio. – O pai da bailarina cuspiu em direção ao rosto de Marcos, mas ele foi mais rápido que o líquido asqueroso. – Mas não quero perder a chance de te matar, a legítima defesa está aí para isso.

Antes que ele terminasse por completo sua fala José se aproximou com dois saltos ligeiros e perfurou o ar com o canivete, como se quisesse enfiar em Marcos, mas o vento foi seu alvo, dessa vez. O anjo se desviou com facilidade do facínora, uma facilidade que surpreendeu à Paula e a deixou em um estado de choque ainda mais intenso que o de dois segundos atrás. Durante a evasiva, Marcos pegou com pouca firmeza e por poucos segundos a mão que segurava a arma, mas a soltou devido a força contrária exercida pelo pai da bailarina.

Os quatro olhos negros não deixavam de se focar por um minuto sequer. O ódio se tornava mais intenso e profundo a cada segundo que se passava. Vários foram os movimentos até que algo acontecesse.

- Pare! – Gritou a mesma voz boçal, mais baixa devido a distância, que avisara o tempo que seu José poderia ficar ali.

Os dois seguranças enormes, agora, corriam ainda na entrada do cemitério, para segurar o facínora. Levaria mais tempo do que o que era preciso para mais alguns golpes. Paula cada vez mais chocada não sabia para onde olhar, estava sem foco, como só esteve uma vez na vida, novamente. Era um tumulto muito grande na sua vida que estava tão normal há alguns dias. Estática, era o que ela, realmente, estava. O estado de choque era tremendo que ela não se movera um centímetro desde o começo da briga. Meu pai, e a pessoa que, hoje, é a única que eu verdadeiramente amo brigando em frente a mim e eu não posso fazer, nada. Nada! Irritou-se consigo mesmo a bailarina.

- É agora, desgraçado. – Disse seu José enquanto preparava-se para o que parecia ser o último golpe, e realmente foi. Com toda a força que tinha, pôs-se três passos quase pulados a frente e cravou o canivete, mas dessa vez não fora no ar. Marcos se esquivou, mas esqueceu que o corpo extremamente estático de Paula ainda continuava atrás do seu. Perfurou-a.

- Não! – Foi tudo o que o anjo conseguiu falar, antes que a bailarina desmaiasse a sua frente. Ao redor do corpo, agora, estático e ensangüentado de Paula os dois seguranças já haviam imobilizado o facínora e estavam algemando-o.

Marcos deitou o corpo que tinha em mãos no chão e rapidamente foi à frente de seu José. Deu-lhe dois socos no rosto com toda a força que podia ter. Ossos provavelmente quebrados estalaram mais alto do que deveriam. E os seguranças, por uma questão de respeito até, não fizeram nada. O anjo teve o bom senso de se contentar com mais dois socos.

- Amanhã o senhor pode resolver tudo na delegacia. Registrar as queixas e tudo mais. Esse aqui não vai mais incomodar a sua vida. – O segurança olhou por cima do ombro de Marcos, a bailarina caída no chão e sentiu um remorso que refletiu na agonia de seus olhos. Talvez esse remorso fora provocado pela consciência de que se eles tivessem chegado dez segundos antes, nada teria acontecido – E nem incomodará a vida dela. Sinto muito. – Um aperto de mão sincero e grosseiro fora trocado entre os dois e o anjo agora corria em direção ao corpo imóvel de Paula. Uma perfuração na altura do ombro esquerdo fora feita. A altura idêntica ao peito esquerdo de Marcos. Um golpe pronto para matar.

- Por que. Por que... – Foram as últimas palavras proferidas pelo anjo protetor que agora corria, com a bailarina em seus braços, em direção ao hospital que não era muito longe dali. Pegou um táxi em frente ao cemitério.

- Hospital D’ávila, por favor? – Disse o anjo, com a voz ofegante.

- O que aconteceu?! – Disse o taxista assustado demais com a quantidade de sangue que só não atingia o estofado do seu carro devido a barreira feita pela blusa de frio de Marcos.

- Sem questionamentos, pagarei o dobro por essa viagem. Só quero que vá rápido. – Disse com uma voz nervosa demais.

Tudo foi muito rápido. Paula entrou nos braços de Marcos e logo já foi recebida por dois enfermeiros com uma maca. Hospital particular. Atenção idem. O anjo se ajeitou na recepção enquanto os dois funcionários a levavam para uma sala apropriada. A mulher da recepção apesar de ser muito prestativa estava demorando demais, ou melhor, o anjo queria que ela fosse mais rápido do que ela poderia ser, a relatividade do tempo se evidenciava.

Depois de todos os cadastros e pagamentos feitos, Marcos se dirigiu ao quarto da bailarina, mas foi impedido logo depois dos três primeiros passos.

- O doutor está examinando o caso, não é muito conveniente que você vá à sala agora. – Disse um dos enfermeiros que tinha levado a maca que carregava Paula.

O anjo não questionou. Sentou-se em uma das cadeiras acolchoadas que ali perto estavam e enroscou ambas as mãos em seus cabelos. Se eu não tivesse tentando bancar o heroi, nada disso teria acontecido IMBECIL! Atormentava-se com pensamentos parecidos a este.

Uma hora havia se passado há alguns minutos quando o médico responsável por Paula apareceu. O chão estava rodeado de cabelos soltos. Todos arrancados pela raiva que Marcos estava sentindo de si próprio. Com uma cara não muito boa o médico disse as palavras que massacraram a consciência e a vida do anjo instantaneamente, que agora chorava muito.

- É irremediável?! – Disse Marcos enquanto lágrimas congelavam seu rosto que estava quente demais devido ao estresse.

O médico com uma dor no coração afirmou que sim. Ele podia sentir a angústia no olhar, no jeito de agir do anjo. Era evidente demais para que não fosse compartilhado por qualquer um que pudesse ver seus olhos encolerizados ou suas mãos tremendo compulsivamente. Sinto muito, a partir de meia hora o senhor terá maiores esclarecimentos. Disse em alto e bom som, enquanto se virava e enquanto o mundo de Marcos desabava por completo.

Ps: Não é o último capítulo. Boa leitura.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Surpreender


É ser alguém que agrade,
Que não seja só aquilo que demonstra.
Acima de tudo verdade,
Algo que no meu dicionário,
Junto à surpreendido consta.
É ser mais ou menos assim,
Uma pessoa, irrevogavelmente, entregue a mim.
É ser, de fato, o que esperamos que seja,
Quando realmente não esperamos nada.
E então vira inútil, qualquer, explicação,
É bom, às vezes, seguir o ritmo do coração.
Por isso,
E aquilo outro,
Me surpreenda calada.
Com minha boca, na sua, colada.

Obs: O próximo post será o 3º capítulo do conto Bailando na Noite.
Obs²: Caso não tenha lido o primeiro e o segundo capítulo, aqui seguem os links:

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Romantismo


Que saudade dos tempos que eu não vivi.
Onde tudo era mais romântico e real.
Inveja dos poetas do Romantismo.
Que viveram algo que parecia irracional.
Uma época inundada de verdades, altruísmo.
Viviam pelo que hoje ninguém quer.
Corriam, além de tudo, atrás de uma só mulher.
Mulher desejada, idealizada.
Cobiça de muitos, realidade de poucos.
Ah, bons tempos.
Tempos que as borboletas não tinham problemas para voar.
Tempos que música de tolos, eram trovas feitas aos remos.
Ah, bons tempos.
Novelas de cavalaria se faziam noite e dia.
A vida era nada mais nada menos,

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Waiting For


E nos momentos mais sórdidos do meu subconsciente,
Onde a dor é, durante a eternidade, onipotente,
A lua me remete ao que o sol não me mostra.
Seu retrato, quase sempre, é a resposta.

A mais indecorosa, das minhas vontades, proposta.
Algo que não é meu, nem nosso,
É até mais forte, em mim, a sua escolta,
Algo que nem comigo mesmo posso.

Sonhar ainda me leva a você,
E o amor ainda me faz crer,
Mas a esperança não vai ser a última a morrer,
Mas sim a primeira, a padecer.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Ter ou não ter


E eu pensando em pensar em você.
Estupidez ordenar, ao consciente, o óbvio.
Lembranças.
Beijos de ar rarefeito.
Abraços de intensidade imensa.
Fragâncias inesquecíveis.
Eternidades vividas em segundos.
Vontades.
Saudade de algo que não tive.
Mas que só se tem
Quem a si mesmo vive.

domingo, 11 de outubro de 2009

Declaração mal compreendida

O veneno maldito me pegou.
Sofro não por ter me pegado,
Mas por ter vindo errado.
Como posso me envenenar por alguém que não me olha,
Por alguém que me vê como amigo, até mesmo inimigo.
Amor maldito. Benditas sejam
As perfeições imperfeitas acentuadas em seu sorriso sarcástico.
Sei que não o faz por maldade, mas você é irresistível.
Eu corro contra, mas seus olhos são apaixonantes demais para mim.
É impossível não te querer, mesmo que eu não queira, porque sei que não me queres.
É estranho ter que lutar contra o vício da paixão que nunca foi saciado.
Mesmo depois de esperar tanto tempo o desejo do coração.
Minh'alma já não existe mais, mutilou-se de tanto ódio próprio.
Mesmo assim, ainda tenho forças.
Amo-te. Odeio-te.
A segunda parte por não ser minha,
A primeira por ser o que é.
Tola ilusão.
Declaração...

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Loucura

A loucura, às vezes, toma conta de mim.
Pensando melhor, sempre.
Nunca.
Não sei!
Será que toma?

domingo, 4 de outubro de 2009

Calor Humano


As águas batem em minhas costas e trazem a mais dura realidade, ali junto de todos e separado do mundo, eu sofro. Sofro por que não acontece nada além disso. Amizades que, pelo visto, não vão durar mais do que um ano letivo. Pessoas que se vêm daqui a quatro meses e não se cumprimentam. Insano. Insuportável. Inacreditável. Faço tudo para agradar a todos e não ando recebendo nada em troca. Eu sei que é estupidez criar expectativa para qualquer pessoa, ainda mais para quem não lhe deve nem satisfação. Mas no fundo eu ainda acredito nas pessoas como seres mutáveis. Para melhor. Bem melhor, espero.

Ps: Foto minha em Rio de Contas - Chapada Diamantina - Bahia. Lugar perfeito.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Melancolia

Estou melancólico.
Melancolia essa que me aflige por algo que nunca tive,
E sempre quis ter.
Definição indefinida.
Certeza incerta.
Não tenho noção do que é.
Mas estou a fim de procurar,
Mesmo que seja a pé,
Esse objeto/pessoa para amar.

domingo, 20 de setembro de 2009

Vida vazia

As lágrimas de sangue brotavam de sua face como se fluíssem num rio perene. A dor que sentia no peito era mais forte do que qualquer pessoa podia imaginar. Não se sabe ao certo o que ele tinha. Não se sabe ao certo qual o motivo da agonia insuportável. Só se sabia que sua vida era vaga, vazia. Há muito que não amava alguém se não a si próprio. Há muito que não havia sentido em seu viver. O sangue continuava a descer, descer e descer. Encharcou-lhe o corpo todo. Suas pernas pesavam mais do que podia carregar dentro do rio vermelho que se formou embaixo dele. A densidade era, agora, sua inimiga. Bem como as pessoas que não lhe ocupavam espaço no coração. Bem como a vida que não lhe dava motivo, razão. E assim foi vivendo. Com o seu próprio sangue batendo em seu próprio peito. Até que o líquido vermelho chegou em sua boca. E não conseguia mais respirar. Uma pessoa fraca, derrotada pela presença do nada. A ausência do tudo...

Ps: Baseado em minha vida nos últimos dias. Sinto muito pela tristeza evidente, mas não posso negar a minha realidade como fazem os seres estúpidos.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Esperança

Pra que dizer que é pra sempre,
Se o pra sempre, quase sempre é nunca,
E a verdade que parece absoluta,
É a mentira mais inquieta, oculta.

Ainda assim o amor remanesce,
A esperança incrivelmente floresce,
E meu amor permanece,
Intocado, Imutável.

A mente não sendo exercitada, o corpo padece,
A maioria, quase sempre, esquece,
Mas eu continuo a rezar, fazer prece,
Que um dia nosso amor será algo moldado, maleável.

Tão maleável quanto o ouro de nossa aliança,
Tão feliz quanto nossa futura criança,
Afinal ainda remanesce a esperança,
E ela a última a morrer, é a herança...

sábado, 12 de setembro de 2009

Procuro

Eu só procuro achar o que não está perdido.
Afinal a felicidade sempre se encontra ao nosso lado,
E demoramos tempo demais para descobrir isso.
Eu não sei.
Você não sabe.
Por mais evidente que seja, nunca sabemos.
É algo, relativamente, impossível de se saber.
Algo que precisamos de tempo, muito tempo para prever.
O que eu mais sei é que os meus textos,
Precisam de um você.

Obs: Logo postarei o 3º capítulo do conto Bailando na Noite:

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Sentido

Vivendo sem viver.
Sabendo tudo ao avesso,
Levando do jeito errado.
Sem jeito, até.
Uma coisa estranha,
E cansativa.
Não sei ao certo o que se passa em minha vida,
Ou não se passa.
Nada passa.
Tudo chega, sem que eu perceba.
Sem que eu veja.
Sem nexo,
"SEMtido"...

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Mundo próprio

Às vezes eu escuto as bombas que caem lá fora, daqui.
Eu vejo pela janela a destruição e a escassez de sonhos,
Imagino a falta de vida que vivem os empresários de sucesso.
Consigo até mesmo pensar em sair do meu mundo para encarar o outro que nos ronda.
Mas é um pensamento tão banal que nem chega a ser executado por completo em meu subconsciente.
Eu nunca trocaria o canto das cotovias de meu jardim pelos gritos de soldados americanos que marcham pelas nuvens.
Nem mesmo o aconchego de minha cama de grama pelo conforto de um colchão suíço.
Prefiro viver em um mundo que é meu.
E não viver como vocês, em uma prisão que nos leva a crer que o melhor não é o que temos, mas sim o que os outros nos fornecem.
Prefiro viver em um mundo onde a população é menor que o número de sonhos.
Infinitas ilusões oníricas por um único consciente presente.
Infinitas vontades e um tempo que não cabe todas elas.
É um mundo pequeno mas tem espaço para dois, que eu ocupo com muito orgulho.
Deito-me na horizontal e então é um mundo de um só.
Um mundo só meu,
E a propósito, esqueci as chaves no abismo mais próximo,
E não pretendo sair para encontrá-la.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Ódio


Quem ama odeia.
É ódio o que o amante sente quando a pessoa amada está longe.
É puro ódio o que sentimos quando a(o) vimos abraçada(o) com outra pessoa.
Mesmo que seja bem no fundo.
É um ódio verdadeiro o que sentimos quando não somos compreendidos por mais óbvios que formos.
O amor confunde, e muito.
É mais ódio ainda quando o ciúme bate com prepotência e incandescência.
É fogo, brasa vivaz.
É quente e odioso quando nos vimos calados mesmo com tanto a dizer perto da pessoa que merece todo o amor e consideração.
O amor nos faz calar.
Sem contar o ódio que sentimos quando não achamos uma pessoa para odiar.
Para amar...

sábado, 29 de agosto de 2009

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Mulher...

Mulher é doce.
Mulher é linda.
Mulheres não gostam de ir até você, vá até elas.
Mulheres não choram, derramam um pedaço da alma.
Mulheres não correm atrás, já estão na frente.
Mulheres não gritam, se sentem ignoradas.
Mulheres simplesmente não são como os homens,
São seres que se sobrepõe.
São demonstrações de como algo pode ser perfeito,
São carne e alma juntinhas.
Sabem ser sensíveis, mas têm o seu veneno,
Sabem como mexer no íntimo dos homens,
Sabem como tocar no calcanhar de Aquiles nas horas certas,
Ainda assim, são frágeis,
Mais românticas até,
Mas, nunca inferiores.
Mulheres são incomuns,
Tão incomuns que chegam a ser descomunais...

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Morte só

Sem querer,
Sem saber.
Nada mais tem sentido.
Tudo está perdido.

Um coração sozinho,
A beira da porta.
Espera sem vontade,
A sua volta.

Um pássaro sem ninho,
A uma casa, escolta.
Uma casa de verdade,
Onde a asa, sozinha, se solta.

Sem viver,
Sem ter
O que dizer.
Prefiriu morrer.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Desabafo de solidão


No silêncio oculto estava a solidão explícita.
É uma droga estar sozinho.
Encontrei a solidão sem nem sequer saber o caminho para o amor.
Tenho medo de me perder.
Mas tenho vontade de saber como é estar assim.
Ser nada pra todos.
E tudo para si próprio.
Seguir sem ter a certeza de que se você errar o caminho,
Alguém vai sentir sua falta.
Ainda assim, deve ser gratificante saber que tudo que fizer volta direta e indiretamente para ti.
E ao mesmo tempo frustrante por não ter ninguém para compratilhar suas vitórias ou derrotas.
Mas a glória de estar sozinho não é maior que a vontade de estar junto.
Decidimante não!
Ps: Agradeço de coração à Bia por me mandar 2(dois) selos. Mas sinto dizer que estou, realmente, sem tempo para postá-los. Ainda assim, me sinto feliz por receber de você.

sábado, 15 de agosto de 2009

Poesia singela


Choravam sem parar as borboletas,
E elas não podiam mais voar.
Rancaram suas asas e te deram, meu anjo.
Para que tu possa vir me encantar.

Lacrimejavam sem parar as violetas,
E elas não podiam mais exalar
Perfumes perfeitos que foram todos roubados,
Para que eu possa te encontrar pelo ar.

Ps: Tentem ler cantando.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Lágrimas que cessam...

Minhas lágrimas não mais ecoam quando tocam no chão.
Não mais rasgam minha pele enquanto descem pelo meu rosto,
Muito menos congelam os meus cílios inferiores ao deslizar sobre eles.
Nada mais elas fazem.
Nada mais significam.
Afinal, por ti não derramo mais nada.
Não por não querer.
Mas, por não ter
Lágrimas para deixar minh'alma encharcada.
Inundada de algo que me conforte
E console.
Algo que, só, você fez.
E que nunca mais fará.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Desabafo

Tem horas que eu me irrito com as pessoas.
Muitas vezes eu converso sozinho enquanto ando pela rua.
Quase sempre. Para falar a verdade.
E as criaturas repugnantes que passam por mim me olham como se eu fosse diferente.
Droga!
Eu prefiro conversar comigo mesmo e entender o que eu penso
A falar coisas que não compreendo nem para mim quanto mais para os outros.
Conversar com sua alma, entender seu corpo, tomar decisões bem pensadas.
Tudo isso faz com que nos tornemos melhores.
Então se um dia me vir conversando sozinho,
Tente me imitar. Vai ser bom para perceber o quanto tempo você já perdeu em sua vida
Só por estar prestando atenção em mim, e não por onde anda.

Ps: Obrigado a todos(as) pelos selos, mas como meu tempo na internet é bem curto( sim, eu ainda estou sem internet em casa) e por isso não tenho condições de postá-los.

domingo, 9 de agosto de 2009

Esqueça tudo

Não preciso do sol para me aquecer.
Muito menos da lua para romper minhas barreiras oníricas e iluminar os meus sonhos.
Não preciso das flores para sentir fragâncias apaixonantes.
Muito menos do céu azul para saber que posso voar.
Não preciso dormir para sonhar.
Muito menos do vento para me guiar.
Não preciso dos pássaros para ouvir canções inacreditáveis.
Muito menos do mar para me mostrar o infinito.
Não preciso de nada,
Já tenho tudo.
Você!

Ps: Não, eu não estou apaixonado.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Definições: Querer

Eu só queria olhar nos seus olhos,
E encontrar a mesma imagem que vejo nos meus.
Ou melhor, queria encontrar em suas mãos,
Um frio quente, ou um quente frio.
Algo diferente. Inconstante.
Não igual as outras.
Semelhante a nada que já exista.
Nada...
Tudo!

Ps: Ainda estou sem internet. Meu pai está fazendo tudo para me estressar e juro que está conseguindo me deixar mais irritado com ele do que o normal. Desculpem-me, amigos.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Além da distância

Você, que a distância não separa de mim. Você, que o tempo não é capaz de me fazer esquecer. Não importa se estamos à quilômetros de distância, Não importa se as circunstâncias parecem não contribuir para o nosso encontro. É, eu sei, você é o meu anjo, e está aqui, ainda que não possa me abraçar com o calor do seu corpo, me abraça com os sentimentos. E estes, valem mais. Ainda que não possa acariciar o meu rosto, nem me olhar nos olhos, me beija com as palavras. Uma vez você me disse que queria apenas preencher todo o vazio, toda a solidão que pudesse haver no meu coração. Apenas? Isso é tudo. É mais do que eu pedi. É o que preciso. Alguém que me compreenda, que veja em mim o que ninguém mais vê, e até o que muitas vezes, eu mesma tentei esconder. Você me percebe, me ouve, me aconselha, me guia. Você é o meu anjo. É mais do que eu sonhei. E nada mais importa, à não ser esse sentimento, sadio, vivo, essencial. E a distância, ela se tornou apenas uma pedra, uma pequena pedra que servirá de degrau. Na verdade, quem foi que disse que pra estarmos juntos precisamos estar perto? Eu te sinto aqui, você está ao meu lado, e será pra sempre, nossos destinos estão entrelaçados. Porque o sentimento que nos une, é maior do que qualquer coisa.


Carinhosamente, de Débora Andrade para Rafael Cotrim.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Afastamento provisório

Vou estar fora até domingo ou sábado.
Não sei.
Sei que é tempo suficiente para sentir falta de civilização.
É, lá não tem internet.
Aos amigos que eu acompanho sempre: quando chegar volto a comentar em todos os posts, como sempre faço.

Bom, enquanto eu estiver fora aproveitem e leiam o conto "Bailando na noite":


Quando voltar quero ver muitos comentários, heim?! Haha!
Se não ler, não comente. Não vale a pena ler algo vazio.

Bom, é isso.
Boa leitura.
Até Logo.
Rafael Cerqueira Cotrim