terça-feira, 31 de maio de 2011

This is love...



Não sei, ao certo, como amar alguém. Não sei se já vivi uma experiência tão magnífica de amar um ser que não seja meu próprio ego. Mas acredito, fortemente, que não. O amor aparece em nossas vidas de uma forma tão espontânea e inesperada que não sabemos e nem podemos afirmar se já passou. Não creio que exista mais de um amor em nossa vida. Ou ele existe, ou não. Amor é quando se vive no outro e só. Amor não acaba. Amor não vai embora. Amor não se esquece com o tempo. Amor é inabalável e inatingível. O Amor, propriamente dito, chega pra ficar. Porque não importa quanto tempo passe, ou quão longe estão. Duas pessoas, uma morando na outra. Por dentro. Isso é que é amar. Você se acostuma. Vocês aprendem que dois podem ser um, e quando isso acontece... Não tem volta. Tente tirar um pássaro do seu habitat natural e me diga o que acontece depois... Ele morre. Assim como acontece se uma pessoa perde seu amor. Claro que não falamos aqui de uma morte física. O amor transcende o corpo. Estamos falando de almas. Do que temos dentro de nós. Psicológico. Daí que surge o termo "alma gêmea". Pois bem, o que sabemos então é que se uma pessoa perde esse amor, a sua vida morre aos poucos. As lembranças afetivas corroem por dentro e as físicas por fora. Mas como se perde um amor, se ele é inatingível e inabalável? Bom, infelizmente o ser humano não é perfeito e nunca vai ser. Existem pessoas que encontram o seu amor e, simplesmente, deixam passar. Motivos? Poderia citar mil mas prefiro deixar a imaginação de vocês agir um pouco. Enfim, o que realmente importa é que eu já me cansei de ver pessoas "se amando" e se odiando uma semana depois. O amor foi banalizado demais. E o que eu percebo cada dia mais é que não tem como voltar atrás. Na mesma medida que evoluímos esquecemos cada vez mais que as coisas simples são as que realmente importam. E o amor... É o sentimento mais nobre e simples de todos. O amor é tão estúpido que conseguimos defíni-lo, e as pessoas simplesmente esqueceram o que é amar... Enquanto isso eu espero que seja a exceção da regra e encontre alguém para viver comigo o resto da vida. Afinal, todos esperam...

quinta-feira, 26 de maio de 2011

(Só)Rir



O sorriso é muito mais que um gesto simples. É como se pudessemos nos mostrar por alguns instantes. Estar despido da mentira que corrompe, por natureza, o nosso ser. É algo divino a se fazer. Sobrepõe todas as falsas impressões e consegue desmascarar ilusões. Como uma falta total e imparcial de escrúpulos ou a presença unilateral da honestidade. É acima de tudo, verdade. Admira-me, sem dúvidas, os que exercem com maestria um sorriso atípico. Distinto e puro. Sem resquício do que a nossa alma mantém no escuro. Esses sabem o segredo de viver sem medo. Se expor por aí, sempre a sorrir. Não aprenderei tão cedo. Tão cedo...

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Nick: I. The Reason

Era um dia escuro enquanto voltava para minha casa das aulas de  espanhol aos meus treze anos e caminhava calmamente pelas ruas de Westwick, uma cidade no interior da Inglaterra. Cidade pequena e pacata. O máximo que se  podia escutar era um ruído bem baixo dos poucos carros que circulavam às nove da noite e os ventos de inverno que estavam sempre presentes nos meses de janeiro. Tudo corria bem na cidadezinha e já estava quase em casa, quando de repente ao passar pelo beco escuro da antiga fábrica têxtil que pertenceu à família Harvey comecei a ouvir passos forçados e outros passos rápidos. Como se uma pessoa estivesse forçando a outra a correr e a puxando pelo braço.

            - Apresse esse passo, vadia! – Dizia uma voz masculina, claramente, muito alterada.

            - Perdoe-me, Mr. Blair. – Uma mulher em prantos e claramente desesperada suplicava pelo perdão do furioso Mr. Blair.

A cada segundo que se passava eu sabia que não deveria estar ali, mas ao mesmo tempo algo forte dentro de mim me instigava a seguir em frente. Então comecei a me mover sorrateiramente, encostado na parede, me guiando somente pelo som. Agora conseguia ouvir correntes batendo em algo de metal. E me recordei que havia um velho portão no beco da fábrica. Portão que servia de entrada para o armazém abandonado. De repente todo o diálogo que existia de súplicas pela mulher e ofensas pelo homem se aquietou. E pude ouvir algumas frases que pareciam ser as últimas:

            - O tempo sempre está contra nós. E agora você não vai ter que se preocupar com nada. Descanse em paz. – A voz saiu tão calma e de forma tão fluente que parecia ser algo muito bem decorado e treinado. Como se esse pequeno discurso o libertasse de todo o ódio que sentia antes, enquanto arrastava a mulher ao armazém.

Eu estava tão entretido com todo esse envolvimento de suspense que nem percebi que estava próximo demais do portão. O chão estava escorregadio do sereno que caia em Westwick e por um descuido meu, ao tentar avançar um pouco para um nível em que meus olhos pudessem ver, deslizei e cai. O barulho não foi alto, mas foi alto o suficiente para que o Mr. Blair ouvisse. De repente:

            - Quem está aí?! – perguntou com um tom calmo. Calmo demais para quem estava fazendo algo, aparentemente, muito errado e estava prestes a ser descoberto.

A reação óbvia que qualquer um teria seria a de correr muito. Como se algum dragão estivesse te perseguindo. Mas tudo que eu fiz foi ficar parado. Estagnado. Ouvia aqueles passos em minha direção e tudo que conseguia fazer era encarar o portão e esperar que alguém passasse por ali. Nada passava por minha cabeça a não ser a dúvida das feições de Mr. Blair, como ele seria e que roupa estaria vestindo. O medo nem sequer pensava em aparecer.

De repente o portão se abre um pouco mais e o que consigo ver é uma máscara de Mickey Mouse acompanhado de um casaco totalmente preto. Usava luvas emborrachadas e tinha na mão uma pistola com o cano alongado, o que me fez crer que era uma arma com silenciador. Nesse momento eu me encontrava parado e o encarando. Os olhos trêmulos e corpo idem.

            - Olá garoto, o que está fazendo por aqui numa hora dessas da noite? – Me fez uma pergunta que eu não tinha ideia de como responder. Qual poderia ser minha desculpa?

            - Eu... – Foi tudo que consegui dizer.

            - Bom, já estou de saída. É uma pena que tenha encontrado meu esconderijo secreto. Agora terei de achar outro. Se você fosse uma mulher bonita, até teria um espaço pra você. – Enquanto a última frase fora dita um único disparo foi feito. O barulho era tão baixo que não podia ser escutado a mais de vinte metros dali. Percebi que a experiência do Mr. Blair com armas era excepcional, já que um tiro era suficiente para terminar o serviço.

            - Arrivederci! – Disse o assassino misterioso enquanto já estava quase fora do alcance dos meus olhos devido à uma das saídas do beco.

Agora eu sabia que deveria ligar para a polícia e sair correndo dali. Mas novamente, não pude resistir. Eu ainda estava parado do lado do portão e o que fiz foi dar alguns passos para dentro do armazém. Como sabia que não devia haver luz por ali resolvi pegar o celular. O cheiro era horrível. Como se algo estivesse em decomposição ali dentro. Quando consegui ligar a lanterna do celular eu o deixei cair, imediatamente.

Eu consegui ver quatro corpos. E todos estavam lado a lado, organizados. Mas o pior é que havia muito mais e eu não sabia o que fazer. Foi aí então que tudo começou. A minha vida mudou a partir deste ponto. Não consigo me ver livre disso. E nem sei se quero.

Westwick, 13 de janeiro de 2002.
Nicholas Jackson Smith.”                   

domingo, 1 de maio de 2011

Love is necessary



Descobri que precisamos de alguém para nos guiar independente dos caminhos que queremos seguir. O amor é tão fundamental em nossas vidas que a nossa vida sem ele nos torna miseráveis. Por algum tempo pode até se pensar que a liberdade total de compromissos nos faz bem, mas esse sentimento ilusório nos deixa menos livres que os laços de um relacionamento ideal, repito, ideal! A divisão eterna de tudo. A confiança e o fato de saber que sempre existirá alguém lá por você independente da situação são indispensáveis para felicidade plena de um ser humano. É natural e instintivo. Então apenas não deixe as chances de amar passar em vão. Podem decidir se você será feliz, ou não.