sábado, 29 de maio de 2010

Real life


E o que acontece,
Quase nunca é o que a gente quer.

Uma compensação de ânimo, às vezes,
Podem ocorrer.

Mas o medo de estar sempre errado,
Consiste em nós, calado.

É a vida real,
Nada muito apreciável.

Nunca nada é igual,
E sempre as quedas são, por demais, palpável.

E ainda assim, temos uma razão para viver sorrindo,
Rir até mesmo caindo.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Lágrimas

As lágrimas parecem não parar.
Mas deve ser porque doem muito.
E só um alguém as pode cessar.
Rasgam minha pele,
Calam minha boca,
Sangram minh'alma.
É mais do que se pode suportar,
Mais do que alguém pode aguentar,
E muito pouco para quem quer se desafiar.
Destino e coincidência.
Paz em abrangência.
Eis a verdadeira, da vida, essência.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Comodismo


Sobre o que se passa
Nada se faz.

Mas sobre o que se fez,
Tudo outra vez...

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Atracado


As águas que aqui batiam,
Nem por perto passam mais.

É o fim da vida e do amor,
Meu barco bem longe se atracou.

O que se foi já se foi,
E o que está por vir,
Não merece ser navegado.

Permaneço com minha âncora,
Parado.

Balançando pra lá e pra cá,
Sem mais forças para remar.

Ao sabor da maré,
Prefiro não saber o que tudo é.

Prefiro entender o que sou,
Sem mais brechas para o que restou.

Pois é o que resta de um barco sem rumo,
Só o barco,
Sem rumo.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

(não)Futilidades do amor


Falar eu te amo.

Chamar pra dançar.

Pagar conta de mesa de bar.

Fingir romântico ser, para enganar você.

Proclamar poemas no ouvido.

Fingir ser o alvo do cupido.

Falar em casar.

Beijar sem falar.

Tudo isso é muito fácil.

Difícil, meu bem,
É gostar de alguém.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Mundo relativo.


Nada vale ser alguém no mundo
Se tu não és o mundo de alguém.

domingo, 2 de maio de 2010

Amante


O fogo que te esquenta,
É o gelo que me esfria.

A boca que te beija,
É o beijo que me trai.

O ser que te deseja,
É o que não me procura.

O prazer que ele te traz,
É a dor que a alma fura.

Desejo voraz.